Dói, dói saber que sua pele não terá a minha.
Dói! Doi saber que seus lábios nao terão os meus.
Era madrugada quando se tornou fim.
Era um fim doce, mas não era fim de adeus.
Dói! E eu remoí, chorando na minha cama.
Querendo saber o motivo de tal injustiça.
Eram 5 da manhã e eu ja nem vivia.
Eram anos perdidos de dúvidas; me reinicia!
Reiniciar...foi isso que fizeste
Como uma missão de mostrar a luz estando na escuridão.
Mas cá estou na escuridão e você na luz.
Cá estou desmembrada sem saber o que me conduz.
Ainda era Outono, nem frio nem quente.
Mas eu queimava por dentro, ardia desde os olhos até a alma.
Era como poeira escapando dentre os dedos.
Eu não conseguia bater minhas asas.
E aqueles pesadelos?! Eu me debatia toda noite.
E vinham sonhos pra amenizar; quando dirrepente eu acordava ali estavam seus olhos perante mim.
Você cantava bom dia.
Era apenas uma alucinação penumbral e teve fim.
Podes não acreditar como estou.
Mas é como um vazio existencial, é como se nada preenchesse, nem bastasse.
Nem os falsos risos dados numa fotografia.
Nem mesmo sua voz, nem mesmo o vento, nem mesmo o nada!
Nada! Era suficiente; eu não era completa de nada, a não ser de palavras.
Eu fantasio minha morte como se não fosse doer.
Mas dói! E lá não terá ninguém!
Do outro lado também é vazio, então significa que estou morta? Por que aqui é exatamente assim...
Enfim...perdi o fio da meada da vida que nunca vivi.
Written by: Rayanbe Rodrigues